Formada atualmente por Murilo Leite (guitarra e vocal), W. Perna (baixo), Dennis Decurion (guitarra) e Fábio Moysés (bateria), o Genocído é um dos responsáveis por consolidar a Cena Metálica que temos atualmente. Lançando álbuns clássicos como "Depression", "Hoctaedrom" e o inovador "Posthumous", a banda alçou voôs expressivos em sua carreira e hoje é uma das maiores bandas de Metal Extremo do país. Agora eles acabam de lançar "The Clan" que, em todo seu conteúdo, mostra todas as faces que o Genocídio mostrou ao longo de sua carreira.
Com muito prazer, nós conversamos com W. Perna, que nos falou sobre o álbum e outros assuntos.
ARTE METAL: Vocês acabaram de lançar “The Clan” que, na minha opinião e da crítica, já é considerado um dos melhores álbuns do ano. Como tem sido a repercussão do disco perante o público?
W.PERNA: Está sendo o melhor possível, o disco tem ótimas músicas e está surpreendendo muitas pessoas. O fato de termos deixado o CD no myspace para audição ajudou bastante, pelo fato de dar oportunidade aqueles que não conheciam a banda poder ouvir e conhecer sem comprar o CD.
AR: O Genocídio, apesar de iniciar como uma banda de death metal, nunca se prendeu a rótulos, sempre ousou. Mas, a partir do “Posthumous”, a banda ousou ainda mais, e passou a mostrar influências de doom e gothic rock. Fale-nos um pouco sobre este fato?
WP: Essa influência vem desde o Depression, mas não era muito explorada, só no “Posthumous” que essa influência se tornou muito presente. A idéia sempre foi incorporar novos elementos às músicas do Genocídio e isso é claro na maioria dos discos da banda.
AM: Acredito que “The Clan” mostra todas as faces do Genocídio, ou seja, tudo que a banda já fez em termos de som. Isso é comprovado em porradas Death Metal como “Fire Rain” e em momentos mais sombrios como em “Settimia”. Você concorda?
WP: Exato, mas acredite, não foi intencional. As músicas sairam naturalmente já que essa flexibilidade do estilo da banda torna fácil na hora de compor.
AM: Fale-nos um pouco sobre a temáticas das letras de “The Clan”?
WP: Nesse disco deixamos de lado temas metafísicos e extraterrenos para falar um pouco sobre a realidade que o mundo vem passando, onde as máfias, cartéis usam a violência extrema para seus objetivos de poder.
AM: Você tem alguma faixa preferida no álbum?
WP: Particularmente eu gosto muito da “Settimia” e “Metal Barred Wated”.
AM: Falando em shows, dia 11 de setembro vocês estarão dividindo o palco com o Voi Vod. Quais são as expectativas da banda para esse show e como está agenda de shows da banda?
WP: Será mais um sonho realizado, Voivod sempre foi uma grande influência da banda, e tocar no mesmo palco será fantástico como foi tocar com o Venom!
AM: Vocês foram fundamentais para o metal nacional. Lançaram clássicos como “Depression” e “Hoctaedrom”, além do inovador “Posthumous”, sem contar os outros excelentes álbuns. Qual foi o álbum fundamental na carreira do Genocídio?
WP: É dificil citar um álbum fundamental, mas posso dizer que particularmente o “Posthumous” é um álbum completo na época que foi gravado, além de inovador e hoje o “The Clan” também é fundamental e inovador!
AM: A banda está aí na cena há mais de 25 anos. Como você compararia a cena metal do começo do Genocídio com a atual?
WP: A cena é bem mais ampla hoje, a internet facilitou a divulgação, ficou mais rápido para divulgar o trabalho, mas isso também trouxe desvantagens que acabaram desvalorizando o Heavy Metal, a quantidade de bandas é tão grande que é dificil se tornar um ponto fixo no caos! Hoje as bandas não têm mais os hits, as músicas se perdem entre outras milhões de músicas.
AM: O Genocídio passou por diversos problemas de formação, mas vocês nunca pararam de criar, produzir e hoje são uma das maiores bandas de metal do país. Você poderia nos dizer qual você considera o melhor e o pior momento do Genocídio durante sua carreira?
WP: A banda teve grandes momentos, mas também momentos difíceis e não acho que isso seja motivo para qualquer resultado, todos temos opções que levam a várias direções e nossa direção foi essa!
AM: Este espaço é reservado para que você possa deixar sua mensagem. Muito obrigado!
WP: Eu agradeço o espaço cedido e espero ver todos na “The Clan Tour”,
Um Abraço!
Por Vitor Franceschini
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